quarta-feira, 28 de março de 2012

Texto 6 - Segundos Anos

A Revolução Industrial

Segundo Karl Marx (1818/1883), existem seis modos de produção: primitivo, asiático, escravista, feudal, capitalista e socialista.

1) Primitivo: foi desenvolvido na Pré-História, quando o homem ainda não produzia seu próprio alimento, eram nômadescaçavampescavam e colhiam e dividiam os alimentos entre sua tribo.



2) Asiático: que teria início em 2500 a.C., na Idade Antiga (Antiguidade), caracteriza os primeiros Estados surgidos no Crescente FértilÍndia e China. A agricultura, base da economia desses Estados, era praticada por comunidades de camponeses presos à terra, que não podiam abandonar seu local de trabalho e viviam submetidos a um regime de trabalho compulsório. Na verdade, esses camponeses (ou aldeões) tinham acesso à coletividade das terras de sua comunidade, ou seja, pelo fato de pertencerem a tal comunidade, eles tinham o direito e o dever de cultivar as terras desta.



3) Escravista: surgiu na Grécia clássica, e posteriormente, com sua dominação e assimilação por Roma, foi o modo de produção praticado por todo o Império Romano.
Com o surgimento da propriedade privada, os parentes mais próximos dos chefes dos clãs ficaram com as melhores terras, ficando com as piores terras e marginalizados os parentes mais afastados.
Com o aumento das famílias nobres, eram necessários mais terras e mais gente para trabalhar no cultivo dessas terras. Esse problema era resolvido com guerras de conquista: guerreava-se com povos vizinhos, as terras conquistadas eram repartidas entre os nobres, e o povo derrotado era escravizado. Esses escravos eram propriedades do Estado cedidas aos nobres para o trabalho em suas terras. Um cidadão não-estrangeiro também poderia se tornar escravo de alguém, se adquirisse dessa pessoa uma dívida da qual não pudesse pagar.
Assim, o trabalho passou a ser uma exclusividade dos escravos e dos pequenos camponeses. Então, fica evidente a importância que o trabalho escravo tinha para esses povos, já que ele se tornou a base de suas economias. Para se ter uma idéia dessa importância, basta ressaltar que Atenas chegou ao ponto de ter 20.000 cidadãos, 10.000 metecos (como eram chamados os estrangeiros) e 400.000 escravos, uma média de 20 escravos por cidadão (levando-se em conta que só eram considerados cidadãos os homens adultos não-estrangeiros).


4) Feudal: foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.
Segundo o teórico escocês do IluminismoLord Kames, o Feudalismo é geralmente precedido pelo nomadismo e sucedido pelo Capitalismo em certas regiões da Europa. Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei lhes dava. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e, em troca, recebiam o direito a uma gleba de terra para morar, além da proteção contra ataques bárbaros.



5) Capitalista: é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre ofertademandapreço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do Feudalismo. O termo capitalismo foi criado e utilizado por socialistas anarquistas (Karl MarxProudhonSombart) no final do século XIX e no início do século XX, para identificar o sistema político-econômico existente na sociedade ocidental quando se referiam a ele em suas críticas, porém, o nome dado pelos idealizadores do sistema político-econômico ocidental, os britânicos John Locke e Adam Smith, dentre outros, já desde o início do século XIX, é Liberalismo.


6) Comunista: é uma ideologia política e socioeconômica, que pretende promover o estabelecimento de uma sociedade igualitáriasem classes sociais e apátrida, baseada na propriedade comum e no controle dos meios de produção e da propriedade em geral. Karl Marx postulou que o Comunismo seria a fase final na sociedade humana, o que seria alcançado através de uma revolução proletária. O "comunismo puro", no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, tanto na esfera política e econômica da vida.


Meios de Produção

Segundo a teoria marxista, meios de produção são o conjunto formado por meios de trabalho e objetos de trabalho - ou tudo aquilo que medeia a relação entre o trabalho humano e a natureza, no processo de transformação da própria natureza.
  • Os meios de trabalho incluem os instrumentos de produção: instalações prediais (fábricas, armazéns, silos etc), infraestrutura (abastecimento de água, fornecimento de energia, transportes,telecomunicações, etc), máquinas, ferramentas, etc.
  • Os objetos de trabalho são os elementos sobre os quais é aplicado o trabalho humano - recursos naturais (terra, matérias-primas).
Segundo a teoria marxista, a força de trabalho humana e os meios de produção constituem as forças produtivas, as quais, juntamente com as relações de produção (sociais e técnicas), constituem o modo de produção - escravagista, feudal ou capitalista. A cada modo de produção corresponde uma estrutura social - ou seja, um modo de organização da sociedade - e um determinado padrão de relações entre os membros da sociedade.



Trabalho

Pode ser:
1) Artesanato: é tradicionalmente a produção de caráter familiar, na qual o produtor (artesão) possui os meios de produção (sendo o proprietário da oficina e das ferramentas) e trabalha com a família em sua própria casa, realizando todas as etapas da produção, desde o preparo da matéria-prima, até o acabamento; ou seja, não havendo divisão do trabalho ou especialização para a confecção de algum produto. Em algumas situações o artesão tinha junto a si um ajudante ou aprendiz.

2) Manufatura: é um sistema de fabricação de grande quantidade de produtos de forma padronizada e em série. Neste processo pode ser usado somente as mãos (como era feito antes da Revolução Industrial) ou com a utilização de máquinas como passou a ocorrer após a Revolução Industrial. Aqui, aparece a figura do burguês, que emprega o artesão, é dono da matéria-prima e do produto final.

3) Maquinofatura: é uma atividade econômica surgida na Primeira Revolução Industrial, no fim do século XVIII e início do século XIX, na Inglaterra, e que tem por finalidade transformar matéria-prima em produtos comercializáveis, utilizando para isto força humana, máquinas e energia.
A Revolução Industrial, por sua vez, surgiu da transição do Capitalismo Comercial para o Capitalismo Industrial da segunda metade do século XVIII. Esta Primeira foi baseada em vaporcarvão e ferro, mas a partir de 1860 surge a Segunda Revolução Industrial, empregando aço, energia elétrica e produtos químicos, e simultaneamente o Capitalismo Industrial se tornou Capitalismo Financeiro. A partir de 1970 ocorre a Terceira Revolução Industrial, com o desenvolvimento da informática.


Adam Smith (1723/1790)

Foi um economista e filósofo escocês. Teve como cenário para a sua vida o atribulado Século das Luzes, o século XVIII.
É o pai da economia moderna, e é considerado o mais importante teórico do Liberalismo Econômico. Autor de "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações" (1776), a sua obra mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas, na qual procurou demonstrar que a riqueza das nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse (self-interest), promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica.
Adam Smith ilustrou bem seu pensamento ao afirmar "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".
Assim acreditava que a iniciativa privada deveria agir livremente, com pouca ou nenhuma intervenção governamental. A competição livre entre os diversos fornecedores levaria não só à queda do preço das mercadorias, mas também a constantes inovações tecnológicas, no afã de baratear o custo de produção e vencer os competidores.


Laissez-Faire

Laissez-faire é hoje expressão-símbolo do Liberalismo Econômico, na versão mais pura de Capitalismo de que o mercado deve funcionar livremente, sem interferência. Esta filosofia tornou-se dominante nos Estados Unidos e nos países ricos da Europa durante o final do Século XIX até o início do Século XX.

[editar]Etimologia

É parte da expressão em língua francesa "laissez faire, laissez aller, laissez passer", que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". A sua origem é incertamente atribuída ao comerciante Legendre, que a teria pronunciado numa reunião com Colbert, no final do Século XVII (Que faut-il faire pour vous aider? perguntou ColbertNous laisser faire, teria respondido Legendre). Mas não resta dúvida que o primeiro autor a usar a frase laissez-faire, numa associação clara com sua doutrina, foi o Marquês de Argenson por volta de 1751.
Na sua forma mais completa, laissez faire, laissez passer, le monde va de lui-même (que em português significa "deixem fazer, deixem passar, o mundo vai por si mesmo".




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