sábado, 26 de maio de 2012

Os Grandes Impérios

Vários Impérios que existiram no passado, desapareceram. Neste texto, vamos conhecê-los um pouco mais:

1) Sacro Império Romano Germânico (1512/1806): Carlos Magno (742/814) criou o Império Carolíngio (imagem abaixo), sendo que recebeu o título de Imperator Augustus no Natal de 800, do próprio Papa Leão III (750/816). Seu filho, Luís I, o Piedoso (778/840), também recebeu esse título em 816, do Papa Estêvão V (840/891). Esse título evocava o poder dos imperadores romanos, quase 400 anos depois do fim do Império Romano. Com o tempo, porém, as palavras Sagrado (ou Sacro) e Germânico também seriam incorporadas. Assim, em 1254, o já se falava no Sacro Império Romano, e em 1512 passou-se a referir a ele como Sacro Império Romano Germânico.



A imagem abaixo mostra o Sacro Império Romano Germânico (Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation) em 1512. Ele era dividido em seis Círculos Imperiais (Estados ou Reinos), sendo que depois foram acrescentados mais quatro:

1) Círculo da Baviera (ou Bavária): era o mais importante, e está em marrom no mapa. Era formado por vários ducados, principados e municípios, sendo o mais conhecido o de Munique, na atual Alemanha;
2) Círculo da Suábia: é a parte amarela do mapa, onde ficam as cidades de Augsburg e Baden (Alemanha), além do Principado de Liechtenstein;
3) Círculo Superior do Reno: é a parte cinza do mapa, separada por terras de outros círculos (Borgonha e Reno). Nele ficava Sabóia (disputada pela França e Itália), além da Basileia, Frankfurt e o Ducado de Lorraine, também disputado (e anexado) pela França;
4) Círculo Inferior do Reno-Vestfália: é a parte bege do mapa. Nessa região ficavam Aachen, Luxemburgo e Utrecht;
5) Círculo da Francônia: está em roxo, no mapa. Nessa região ficavam Castell e Nuremberg;
6) Círculo da Saxônia: é a parte laranjada no mapa. Nessa região ficavam Bremen e Lübeck e o Ducado de Holstein;
Esses eram os seis círculos originais. A partir de 1512 foram criados os outros quatro:

7) Círculo Austríaco: é a parte em laranja claro, ao Sul. Ali ficavam o Arquiducado da Áustria, além de Trieste, Trento e Tirol;
8) Círculo da Borgonha: é a parte verde do mapa. Compreendia os Países Baixos, Luxemburgo, Flandres e Borgonha. A maioria dessas terras foi perdida: em 1581, as Províncias Unidas (Países Baixos) se libertaram (sendo reconhecidas em 1648) e a Borgonha foi anexada pela França em 1678;
9) Círculo da Saxônia Superior: é a parte rosa do mapa. Compreendia a região de Brandemburgo, o Ducado da Pomerânia, da Saxônia e de Saxe-Coburgo;
10) Círculo Eleitoral do Reno: é a parte marrom do mapa, dividido em diversas partes. Atualmente, compreende as regiões de Colônia, Palatinado e Trier, na Alemanha.


Além do Imperador, o Sacro Império Romano Germânico possuía o Reichstag, que funcionava como um órgão Legislativo. As principais dinastias que fazem parte desse Império foram os Hohenstaufen (1138/1254) e Hohenzollern (1471/1918), consideradas os primeiro e segundo Reich, e os Habsburgo. A Guerra dos Trinta Anos (1618/1648) devastou o Império. Além disso, várias regiões foram se tornando independentes (Holanda e Suiça, por exemplo), e os imperadores Habsburgo se fixaram na Áustria (que veremos adiante). Durante o Século XVIII, a França ocupou vários territórios, e em 1806, durante a formação do Império Napoleônico, o Sacro Império Romano Germânico desapareceu.



2) Império Austro-Hungaro (1867/1918): o Ducado da Áustria fazia parte do Sacro Império Romano Germânico, e sua família mais ilustre foi a família Habsburgo, que surgiu no Século XI e se tornou poderosa a partir de 1278. Abaixo, a bandeira dos Habsburgo:



Em 1804, a Áustria foi anexada ao Império Napoleônico, e Francisco I Habsburgo (1768/1835) foi seu governante. De Arquiducado, a Áustria foi elevada a Império, e durou até 1867, quando anexou a Hungria e se transformou em Império Austro-Hungaro, durando até 1918.


3) Império Turco-Otomano (1299/1922): seu primeiro líder foi Osman I  ou Othman I (1280/1324), que tornou seu Reino independente (área rosa). Em 1324, foi capturada a cidade de Bursa e em 1387 os otomanos conquistaram a cidade de Tessalônica. Até 1451 já tinham dominado a Grécia, a Macedônia, os Balcãs e a Ásia Menor (atual Turquia). Constantinopla foi conquistada em 1453, por Maomé II (1432/1481), data que marca o fim da Idade Média e início da Idade Moderna. No mapa, as áreas dominadas são a laranjada e a marrom.


Entre 1451 e 1481, o sultão Maomé II (1432/1481) conquistou, além de Constantinopla, uma região que ia até Belgrado, na Europa, além de terras ao redor do Mar Negro. No mapa, a área está em verde. Tempos depois, Selim I (1470/1520) conquistou ainda mais terras, no Oriente Médio (Damasco, Jerusalém, Meca e Medina) e no Egito (Alexandria e Cairo).


Seu sucessor, Solimão I (1494/1566) expandiu o Império até Trípoli (África), Bagdá (Oriente Médio) e Budapeste (Europa). No mapa, é a área em verde escuro.


Outros sultões otomanos concluíram as conquistas imperiais, chegando até o Mar Cáspio, dominando o Mar Vermelho e praticamente todo o Mediterrâneo Oriental, no mapa acima (parte azulada). A capital era a cidade de Constantinopla, que passou a se chamar Istambul (foto abaixo), um ponto estratégico entre a Europa e a Ásia e, a partir de 1517, o sultão também era o Califa do Islã. Mas a expansão otomana parou, após a guerra com a Áustria (1593/1606).


Nos séculos XVIII e XIX, o Império Otomano começou a perder territórios, para a Áustria (região dos Balcãs), Inglaterra (Egito), França (Argélia), sem contar as guerras contra a Rússia, pela posse de territórios ao redor do Mar Negro. Em 1829 a Grécia se libertou, seguida pela Sérvia, Bulgária, Romênia e Montenegro, na década de 1870. Entre 1894 e 1896, os armênios (cerca de 100 a 300 mil) foram massacrados pelos otomanos, para não se libertarem. Em 1914, quando começou a Primeira Guerra Mundial, o Império Turco-Otomano estava assim:


Em 1922 foi proclamada a República da Turquia, e outros países surgiram onde fora o antigo Império Otomano:


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