quarta-feira, 2 de abril de 2014
Texto 4 - O Renascimento Artístico (2º A, B, C, D e E)
Com
o Renascimento Comercial e Urbano, também aconteceu o
Renascimento Cultural e Científico. Ele marcou o final
da Idade Média e o início da Idade Moderna, sendo dividido em três
fases:
1)
Trecento (Século XIV): aconteceu nas cidades italianas,
principalmente em Florença, Pisa e Siena. O
comércio dinamizava a vida local, e a burguesia começava a pensar
de forma diferente, optando também por diferentes formas de arte. Os
nomes famosos nessa época foram Giovanni Boccaccio
(1313/1375, Decameron) e Dante Alighieri (1265/1321, A
Divina Comédia), e a Família Médici dominava a
cidade italiana. Uma das características desse período foi o
Racionalismo: manifestação do espírito humano que colocava
o indivíduo mais próximo de Deus.
2)
Quattrocento (Século XV): nesse período, o Renascimento começou
a se espalhar pela Europa. Foi uma época de busca de velhos
manuscritos, como De architectura, de Vitrúvio,
discursos de Cícero e outros, além daqueles trazidos pelos
muçulmanos para a Península Ibérica: Aristóteles,
Ptolomeu (clássicos), Avicena e Averróis
(muçulmanos), por exemplo. A invenção da imprensa, por
Johannes Gutenberg (1398/1468) também contribuiu para
a maior divulgação das ideias renascentistas. Quando os turcos
invadiram Constantinopla, muitos intelectuais migraram para as
cidades italianas, e obras e pensamentos gregos foram junto,
aumentando ainda mais a cultura da época, e favorecendo o
florescimento de novas formas de pensar. Ideias dessa época: o
Neoplatonismo (acreditava-se na perfeição humana e
que se poderia ser feliz nessa vida), o Humanismo (o
Homem era o centro do Universo, Antropocentrismo), o
Naturalismo (o Universo é regido por leis naturais) e
o Classicismo (valorização da cultura greco-romana).
Milão e Nápoles também se tornaram centros
culturais, e nomes como Leonardo Da Vinci (1452/1519), Rafael
Sanzio (1483/1520), Michelangelo (1475/1564) e
Sandro Botticelli (1445/1510) brilham até hoje. Também
merece destaque Nicolau Maquiavel (1469/1527, autor de O
Príncipe)
3)
Cinquecento (Século XVI):
nessa fase o Renascimento já
se espalhara pela Europa,
e Roma supera as
demais cidades italianas, em poder econômico e cultural. Ticiano
(1473/1576) é um artista desse período e o Maneirismo
(estilo
e um movimento artístico que se desenvolveu na Europa
aproximadamente
entre 1515
e
1600),
um intermediário entre o Renascimento
e o Barroco.
Renascimento
na Europa
Países
Baixos e Alemanha: Andreas Vesalius (1514/1564, médico
anatomista belga) e Gerardo Mercator (1512/1594, matemático,
geógrafo e cartógrafo flamengo), Jan
van Eyck
(1390/1441,
pintor flamengo),
Hieronymus
Bosch
(1450/1516,
pintor e gravador holandês),
Pieter
Brueghel
(1525/1569,
pintor belga)
e Mabuse
(1478/1532,
pintor
flamengo), Albrecht
Dürer (1471/1528,
pintor alemão) e Hans
Holbein (1497/1543,
pintor alemão)
e Erasmo de Roterdã
(1466/1536, teólogo holandês, escreveu
O Elogio da Loucura).
Portugal:
Luis de Camões (1524/1580, escreveu Os Lusíadas)
Espanha:
El Greco
(1541/1614, pintor, escultor e arquiteto
grego que fez fama na Espanha) e Miguel
de Cervantes (1547/1616,
escritor espanhol, autor de Dom
Quixote)
Inglaterra:
William Shakespeare (1564/1616, poeta e dramaturgo inglês,
escreveu Romeu e Julieta, Hamlet, Othelo,
Macbeth e outros)
França:
François Rabelais (1494/1553, escreveu Gargântua
e Pantagruel)
CINCO
RENASCENTISTAS
Durante
a Idade Média,
pregava-se que o ser humano não era “nada”, se comparado a Deus,
e para Ele é que deveriam ser todas as honras e todas as glórias.
Mas, à medida que novos textos eram lidos (muitos trazidos pelos
árabes e bizantinos) e ideias incorporadas ao pensamento de então,
mais isso foi mudando. Assim, muitos artistas, escritores, cientistas
e pensadores, que antes não podiam se expressar, começaram a ter
voz, no Renascimento. Aqui, selecionamos cinco deles, que tiveram
destaque maior, apesar de não serem os únicos:
1)
Dante Alighieri (1265/1321): o
autor da Divina Comédia
(1304/1321) mudou a
literatura italiana e mundial com sua obra, influenciando outros
escritores e artistas, pois fez “convergirem os aspectos sociais,
filosóficos, religiosos, políticos e artísticos da Idade Média e
do surgimento do Humanismo, um dos pilares da renascença”
(Superinteressante 216a,
agosto de 2005). Na sua busca pela amada Beatriz, Dante conta com a
ajuda de Virgílio, e a busca no Inferno,
no Purgatório
e no Paraíso.
Também
escreveu outras obras, como Vita
Nova (1292/1293, sonetos
sobre seu amor por Beatriz) e De
Monarchia (1265/1321,
onde expõe suas ideias políticas).
2)
Leonardo Da Vinci (1452/1519):
foi o “homem da renascença”, pois era pintor, escultor,
arquiteto, inventor e desenhista, entre outras atribuições. Foi
aluno de Andrea di
Verrocchio
(1435/1488), tendo superado o mestre, e conviveu com Lourenço
de Médici (1449/1492),
Ludovico Sforza
(1452/1508), César Bórgia
(1475/1507), o Papa Alexandre VI
(1431/1503) e o rei Francisco I
(1494/1547), da França, entre outros. Entre suas maiores obras estão
A Anunciação
(1472/1475), A Virgem dos
Rochedos (1483/1486 e
1495/1508), O Homem
Vitruviano (1490), A
Última Ceia
(1495/1497), A Virgem,
O Menino, Sant'Ana e São João Batista
(1499/1500), a Mona
Lisa/La Gioconda (1503 a
1506) e Leda e O Cisne
(1510/1515), entre outros.
Também inventou diversos aparelhos mecânicos, que originariam o
tanque de guerra e o
helicóptero, por
exemplo.
3)
Nicolau Maquiavel (1469/1527):
viveu em Florença,
mas foi um grande diplomata, realizando a paz entre cidades
italianas, o reino da França
e outros, em seu tempo. Essa experiência lhe deu autoridade para
escrever vários textos e livros sobre política, sendo que o mais
importante e conhecido é O
Príncipe (escrito em
1513 e publicado em 1532), onde enaltece Lourenço II de
Médici (1492/1519) como
exemplo de liderança. O capítulo mais conhecido é o 17, onde
reflete sobre o que é mais importante: ser amado ou temido, que deu
origem à expressão “os fins justificam os meios”.
4)
Michelângelo Buonarroti (1475/1564):
bem diferente de Leonardo Da Vinci
(um era calmo e o outro tinha espírito rebelde), Michelângelo
foi aluno dos irmãos Davi
e Domenico Ghirlandaio,
mas logo os superou. Foi um grande pintor, mas preferia as
esculturas. Mesmo assim, destacou-se nos dois campos: na pintura, sua
obra máxima foi o teto da Capela Sistina,
onde pintou cenas bíblicas, de 1508 a 1511. E suas esculturas mais
famosas foram a Pietá
(1499), Davi (1504) e
Moisés (1513 a
1515).
5)
William Shakespeare (1564/1616): nascido
em Stratford-upon-Avon e casado com Anne Hatthaway
(1556/1623), com quem teve três filhos, Shakespeare
é considerado o maior dramaturgo inglês, e um dos maiores do mundo.
Em suas obras explorou a alma humana, de forma como nunca ninguém
tinha feito. Essas peças eram apresentadas no Globe Theatre,
célebre teatro elisabetano, do qual era sócio. Ele viveu num
período de grande efervescência cultural (o governo de Elisabeth
I – 1533/1603) e escreveu obras imortais, como Sonho de Uma
Noite de Verão (1590), A Megera Domada (1590 a 1592),
Romeu e Julieta (1591 a 1595), Hamlet (1599 a 1601),
Macbeth (1603 a 1607), Rei Lear (1605) e Otelo, O
Mouro de Veneza (1603), entre outras.
Texto 4 - Fenícios, Persas e Hebreus - Paula de Almeida Franco (1º E e F)
Fenícios
Os
fenícios se instalaram na região do Mediterrâneo por
volta de 3000 a.C., onde hoje é o Líbano e
parte da Síria.
Eram organizados em cidades-estados independentes,
ou seja, cada cidade-estado tomava as suas próprias decisões.
Assim, era comum a rivalidade entre elas. Suas
principais cidades eram Biblos, Sidon
e Tiro.
Durante
o apogeu da cidade de Tiro, os fenícios atingiram o norte da África,
fundando Cartago,
que
seria grande rival de Roma.
Para
que o intenso comércio ganhasse agilidade e eficiência era
necessário uma forma escrita menos complexa que os hieróglifos.
Assim, os fenícios inventaram o alfabeto,
com 22 letras que mais tarde foi incorporado pelos gregos e romanos.
Os romanos por sua vez criaram o latim
e este deu origem a diversas outras línguas, como a nossa língua
portuguesa.
O
declínio de Tiro e dos fenícios de forma geral deu-se pela
concorrência com os gregos e cartagineses (é sempre bom lembrar que
apesar de estudarmos separadamente as civilizações, muitas delas
conviveram e interagiram umas com as outras).
Hebreus
Os
hebreus tiveram a sua origem na Mesopotâmia
(Abraão)
e
migraram para a região da Palestina
(Canaã),
onde se localiza a parte atual do Estado
de Israel.
Uma das principais fontes para se conhecer a história desse povo é
o Antigo
Testamento (primeira
parte da Bíblia).
Durante
sua História, foram governados pelos patriarcas (Abraão, Isaac,
José e Moisés), juízes (Sansão) e reis (Davi e Salomão).
Mais
tarde os hebreus passaram a ser chamados de judeus, e o Judaísmo é
a religião monoteísta que criaram, adotando a Lei
Mosaica
(Dez
Mandamentos)
e o Torá
como livro sagrado.
Durante
sua História, foram escravizados pelos egípcios, babilônios,
persas e romanos, sendo que em se dispersaram pelo Império
Romano
e pelo mundo, reunindo-se novamente em 1948, no Estado de Israel.
Persas
O Império
Persa dominou
a Mesopotâmia no
século VI a.C. sob o comando de Ciro, que em apenas vinte anos
estendeu o seu domínio pela Ásia
Menor
e Babilônia.
Depois
dele, os persas dominaram o Egito e chegaram à Grécia. Mais tarde,
foram dominados pelos macedônicos, liderados por Alexandre, O
Grande.
Eram
notáveis administradores e sua religião era o Zoroastrismo,
que possui seguidores até hoje.
quarta-feira, 12 de março de 2014
Texto 3 - O SÉCULO XIX – 1835/1865 (3º A, B, C e D)
1837
– Início do Reinado da Rainha Vitória, na Inglaterra e,
consequentemente, da Era Vitoriana.
Era
Vitoriana foi
o período no qual a Rainha
Vitória reinou
sobre a Inglaterra, no século XIX, durante 63 anos, de junho de
1837 a janeiro de 1901. Vitória
deu início a uma prolongada etapa de progresso pacífico,
conhecida como
Pax
Britannica,
sustentada pelos ganhos
obtidos
com a difusão do empreendimento colonial
da Inglaterra Imperialista no exterior, e pelo ápice da Revolução
Industrial, que propiciou a criação de novas técnicas
engenhosas. Este avanço
deu impulso ao desenvolvimento de uma camada social média e
ilustrada.
|
1838
– Movimento Cartista, na Inglaterra. Ocorre a Sabinada, na Bahia.
O
Cartismo
caracteriza-se
como um movimento social inglês que se iniciou na década
de 30 do
Século
XIX.
Inicialmente fundou-se na luta pela inclusão política da classe
operária, representada pela associação Geral dos Operários de
Londres. Teve como principal base a carta escrita pelos radicais
William
Lovett e
Feargus
O'Connor intitulada
Carta
do Povo,
e enviada ao Parlamento Inglês.
|
A
Sabinada
foi
uma revolta autonomista à época do Brasil
Império.
Ocorreu entre 6
de novembro de
1837
e
16
de março de
1838,
na então Província
da
Bahia.
|
1839
– Começa
a Guerra
do Ópio
entre
a China
e
a Inglaterra.
As
Guerras
do Ópio,
ou Guerra
Anglo-Chinesa foram
conflitos armados ocorridos entre a Grã-Bretanha
e
a China
nos
anos de 1839-1842
e
1856-1860.
|
1840
– Início do Segundo Reinado – D. Pedro II assume o trono, com o
Golpe da Maioridade.
1845
– Fim da Guerra dos Farrapos. Bill
Aberdeen:
Lei que autorizava os navios ingleses a prender ou afundar os navios
negreiros.
Guerra
dos Farrapos ou
Revolução
Farroupilha são
os nomes pelos quais ficou conhecida a revolução
ou
guerra
regional,
de caráter republicano,
contra o governo
imperial do
Brasil,
na
então província
de São Pedro do Rio Grande do Sul,
e
que resultou na declaração de independência da província
como
estado republicano, dando origem à República
Rio-Grandense.
Estendeu-se
de 20 de setembro de 1835 a 1 de março de 1845.
|
1848
– Revoluções de 1848. Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Série
de revoluções na Europa
Central
e
Oriental
que
eclodiram em função de regimes governamentais autocráticos, de
crises econômicas, do aumento de condição financeira e da falta
de representação política das classes médias e do Nacionalismo
despertado
nas minorias da Europa Central
e Oriental,
que abalaram as monarquias da Europa, onde tinham fracassado as
tentativas de reformas políticas e econômicas. Também chamada
de Primavera
dos Povos,
este conjunto de revoluções, de caráter liberal, democrático e
nacionalista, foi iniciado por uma crise econômica na França,
e foi a onda revolucionária mais abrangente da Europa, embora em
menos de um ano, forças reacionárias tomaram novamente o
controle e as revoluções em cada nação foram dissipadas. Cerca
de 50 países foram afetados, mas as revoluções eram locais e
não havia uma coordenação entre elas. Os levantes foram
liderados por uma mistura de reformadores, de membros da classe
média e de trabalhadores, que não se mantiveram unido por muito
tempo. As mudanças significantes que duraram após esses levantes
foram a abolição da servidão na Áustria
e
Hungria,
fim do absolutismo monárquico na Dinamarca
e
o fim definitivo da monarquia
carolíngia
na França. As revoluções foram mais importantes na França,
Alemanha,
Polônia,
Itália
e
no Império
Austríaco,
mas não chegou a alcançar a Rússia,
Grã-Bretanha,
Espanha,
Suécia,
Portugal
ou
o Império
Otomano.
|
O
Manifesto
Comunista (Das
Kommunistische Manifest),
originalmente denominado Manifesto
do Partido Comunista,
publicado pela primeira vez em 21
de Fevereiro de
1848,
é historicamente um dos tratados políticos
de
maior influência mundial. Comissionado pela Liga
dos Comunistas e
escrito pelos teóricos fundadores do socialismo científico Karl
Marx
e
Friedrich
Engels,
expressa o programa e propósitos da Liga. Foi
escrito no meio do grande processo de lutas urbanas das Revoluções
de 1848,
que
reivindicavam diminuição
da jornada diária de trabalho de 12 para dez horas e o voto
universal, embora apenas para os homens. Sua
frase mais conhecida é “Proletários
de todos os países, uni-vos!”
|
1850
– Lei Eusébio de Queiros: Proibia
a entrada de africanos escravizados no
Brasil.
Aprovada a Lei de Terras, no Brasil.
Lei
de Terras,
como ficou conhecida a lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, foi
a primeira iniciativa no sentido de organizar a propriedade
privada no Brasil. Até então, não havia nenhum documento que
regulamentasse a posse de terras e com as modificações sociais e
econômicas pelas quais passava o país, o governo se viu
pressionado a organizar esta questão.
A
criação desta Lei transforma a situação na época porque
garantiu os interesses dos grandes proprietários
do
Nordeste
e
do Sudeste
que
estavam iniciando a promissora produção do café.
Definiu que: as terras ainda não ocupadas passavam a ser
propriedade do Estado e só poderiam ser adquiridas através da
compra nos leilões mediante pagamento à vista,
e não mais através de posse, e quanto às terras já ocupadas,
estas podiam ser regularizadas como propriedade privada.
|
1851
– Guerras
no Prata
(1851/1852) - Campanha contra Oribe
(Uruguai) e Rosas
(Argentina).
1855
– Conferência
de Berlim,
na qual a África
foi
dividida entre seus colonizadores (Estados
Unidos,
Grã-Bretanha,
Bélgica,
Portugal,
Alemanha,
etc) sem respeitar a história
e
a relação étnica entre seus povos, fator que explica diversos
conflitos existentes até hoje entre etnias
distintas.
Nesse evento, a Alemanha
do Chanceler Otto
von Bismarck
pôde
obter regiões da África, pois até então não as possuía.
1857
– Ataque
incendiário da polícia causa morte de cento e vinte e nove
operárias da fábrica Cotton, em Nova
Iorque que
levou anos mais tarde à criação do Dia
Internacional da Mulher.
Publicado
"O
Livro dos Espíritos",
por Allan
Kardec,
na França (trata-se do primeiro livro da codificação do
Espiritismo).
1859
– Charles
Robert Darwin
publica
seu livro "A
Origem das Espécies".
1861
– Início
da Guerra
Civil Americana
(1861–1865).
Guerra
Civil Americana,
também conhecida Guerra
de Secessão ou
simplesmente Guerra
Civil dos Estados Unidos,
foi uma guerra
civil travada
entre 1861 e 1865 nos Estados
Unidos depois
de vários estados escravistas do sul declararem sua secessão e
formarem os Estados
Confederados da América (conhecidos
como "Confederação" ou "Sul").
Os estados que não se rebelaram ficaram conhecidos como "União"
ou simplesmente "Norte".
A guerra teve sua origem na controversa questão da escravidão,
especialmente nos territórios ocidentais. As potências
estrangeiras não intervieram na época. Após quatro anos de
sangrentos combates que deixaram mais de 600 mil soldados mortos e
destruíram grande parte da infraestrutura do sul do país, a
Confederação entrou em colapso, a escravidão foi abolida, um
complexo processo
de reconstrução começou,
a unidade nacional retornou e a garantia de direitos
civis aos
escravos libertos começou.
|
1862
– Homestead Act, nos EUA
A
Lei
da Propriedade Rural (em
inglês, Homestead
Act)
foi uma lei dos Estados
Unidos da América criada
pelo presidente Abraham
Lincoln no
dia 20
de maio de
1862.
Grandes
contingentes de imigrantes europeus participaram da ocupação do
vasto oeste americano e sem eles essa conquista não se
realizaria. Para atrair imigrantes, o governo norte-americano
decretou, em 1862, o Homestead Act, que definia a posse de
uma propriedade com 160 acres (65 hectares) a quem a cultivasse
por cinco anos. Essa lei fez aumentar muito o fluxo de imigrantes
europeus para os Estados Unidos.A Conquista do Oeste – que teve início com a compra da Louisiana e terminou com a compra do Sul do Arizona, em 1853 – coincidiu com o período de industrialização dos E.U.A. Esta lei contribuiu decisivamente para o sonho dos americanos: até o século 19, cerca de 600 mil fazendeiros receberam 80 milhões de acres. |
Cultura
– 1835/1865
•Artes
Plásticas
•Delacroix
(1798/1863), Ingres
(1780/1867), Manet (1832/1883), Alma-Tadema
(1836/1912)
•1848
– Irmandade Pré-Rafaelita
(Dante Gabriel Rossetti, William
Holman Hunt e John
Everett Millais)
•Arquitetura
•Georges-Eugène
Haussmann
reconstrói Paris (1853/1870)
•Música
•Strauss
(1825/1899), Liszt
(1811/1886), Chopin
(1810/1849), Gounod
(1818/1893), Wagner
(1813/1883), Bizet
(1838/1875) e Verdi
(1813/1901)
•Jacques
Offenbach (1819/1880) – Can
Can
Music
(1858)
•Literatura
•Hans
Christian Andersen (1805/1875) – A
Pequena Sereia (1837)
•Charles
Dickens (1812/1870) – Oliver
Twist (1837/1839) e Um
Conto de Natal (1843)
•Edgar
Allan Poe (1809/1849) – O
Corvo (1845)
•Alexandre
Dumas (1802/1870) – O
Conde de Monte Cristo (1844)
•Joaquim
Manoel de Macedo (1820/1882) – A
Moreninha (1844)
•Emily
Brontë (1818/1848) – O
Morro dos Ventos Uivantes (1847)
•Alexandre
Dumas Filho (1824/1895) – A
Dama das Camélias (1848)
•Gustave
Flaubert
(1821/1880) - Madame Bovary
(1857)
•Charles
Darwin (1809/1882) – A
Origem das Espécies (1859)
•Lewis
Carroll (1832/1898) – Alice
No País das Maravilhas (1862)
•Julio
Verne (1828/1905) – Cinco
Semanas Em Um Balão (1863), Viagem
Ao Centro da Terra (1864)
•Victor
Hugo (1802/1885) – Os
Miseráveis (1862)
•José
de Alencar (1829/1877) – O
Guarani (1857), Lucíola
(1862), Iracema (1865)
•Karl
Marx (1818/1883) – Manifesto
Comunista (1848), Salário,
Preço e Lucro (1865)
•Invenções
e Descobertas
•Saxofone
(1840), isolamento do Urânio
(1841), máquina de costura
e basebol
(1846), ácido acético/vinagre (1847), Cervejaria Petrópolis,
primeira cervejaria brasileira (1853), primeira ferrovia brasileira
(1854), Antonio Meucci
(1808/1889) faz a primeira demonstração do telefone
(1860), metralhadora
(1861), futebol
(1863)
•Moda
•A
mentalidade do Romantismo
vislumbrava uma fuga a realidade humanística, em que prevalecia a
imaginação ao espírito crítico. Era a época dos contos de fadas,
da música lírica de Schumman,
Schubert,
Liszt
e Chopin
(XIMENES, 2009, p.54)
Texto 3 - Grandes Navegações (2º A, B, C, D e E)
Introdução
Durante
os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e
espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico
com dois objetivos principais: descobrir uma nova rota marítima para
as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido
como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos
Marítimos.
Os
Objetivos
No
século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias
(pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que
recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o
monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais –
Índia era o principal - os burgueses
italianos
cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal
de comunicação e transporte de mercadorias vindas do Oriente
era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo
caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito
desejada. Portugal
e Espanha
desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem
também lucrar com este interessante comércio.
Um
outro fator importante, que estimulou as Navegações nesta época,
era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras.
Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais
preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a
Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois,
significaria novos fiéis.
Os
reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte
dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio,
poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus
reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis
absolutistas da época (saiba mais em Absolutismo
e Mercantilismo).
Pioneirismo
português
Portugal
foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma
série de condições encontradas neste país ibérico. A grande
experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau,
ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de
transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com
qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com
uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da
burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que
este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação
com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até
mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.
Planejamento
das Navegações
Navegar
nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente
quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo
gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época.
Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros,
enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e ,
portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair
num grande abismo.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.
Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.
Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.
Navegações
portuguesas e os descobrimentos
No
ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações:
é a chegada das caravelas,
comandadas por Vasco
da Gama
às Índias.
Navegando ao redor do continente africano (périplo
africano),
Vasco
da Gama
chegou à Calicute
e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio
direto com o Oriente.
Ao retornar para Portugal,
as caravelas
portuguesas, carregadas de especiarias,
renderam lucros fabulosos aos lusitanos.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.
Navegações
Espanholas
A
Espanha
também se destacou nas conquistas marítimas deste período,
tornando-se, ao lado de Portugal,
uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as
Índias
contornando
a
África,
os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão
Colombo,
financiado pela Espanha,
pretendia chegar às Índias,
navegando na direção oeste (“Rumo
al Ponente”).
Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao Oriente
navegando pelo Oceano
Atlântico.
Colombo
tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém
desconhecia a existência do continente
americano.
Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América
Central,
sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos
mais tarde que o navegador Américo
Vespúcio
identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não
conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América
(maias,
incas
e astecas),
os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos,
interessados na grande quantidade de ouro.
Além de retirar as riquezas dos indígenas
americanos,
os espanhóis destruíram suas culturas.
ATIVIDADE
1)
Crie
duas linhas do tempo, uma das navegações portuguesas e outra das
navegações espanholas. Procure outras datas que não estão no
texto, para que as linhas fiquem mais completas:
2)
Interprete esse trecho do poema Mar
Portuguez,
de Fernando Pessoa (1888/1935):
Texto 3 - As Primeiras Civilizações (1º E e F)
Por volta do ano 4000 a.C., teve início a História.
Ela aconteceu, primeiramente, em civilizações que se desenvolveram
a margem de grandes rios (Civilizações hidráulicas):
1) A Mesopotâmia – rios Tigre e Eufrates;
2) O Egito – Rio Nilo;
3) A Índia – Rio Indo;
4) A China – Rio Amarelo (Huang Ho).
Além da escrita e dos grandes rios, essas civilizações
tinham outras características em comum:
a) O líder (faraó, rei, patesi, etc.) tinha uma
relação íntima com os deuses – teocracia;
b) A classe religiosa era muito poderosa;
c) Faziam-se grandes monumentos (pirâmides, zigurates,
Grande Muralha da China);
d) Tudo era propriedade do líder;
e) A base da economia era a agricultura e a pecuária;
f) Praticavam o Modo de Produção Asiático
(camponeses 'presos' à terra comunal).
1) Mesopotâmia: essa palavra significa “terra
entre rios”, porque as cidades se desenvolveram entre os rios Tigre
e Eufrates. Vários povos viveram ali, e desenvolveram suas cidades e
sua cultura: sumérios (Ur, Uruk, Lagash, etc.), acadianos (Agade),
amoritas (Babilônia) e assírios (Assur e Nínive, entre outros). As
maiores contribuições desses povos foram a escrita (cuneiforme), o
desenvolvimento da astronomia e astrologia, as leis (Código de
Hamurábi) e a arquitetura (Jardins Suspensos da Babilônia).
Cultuavam vários deuses, como Ishtar e Nanna, por exemplo.
Cultivavam trigo e já faziam roupas de lã.
2) Egito: essa civilização desenvolveu-se às
margens do Rio Nilo, que possui mais de 6 mil km de extensão. Por
volta de 3000 a.C., um faraó, chamado Menés, teria unificado o Alto
e o Baixo Egito (faraó significa “casa grande”). No Antigo
Império, foram construídas as Pirâmides do Egito (Quéops, Quéfren
e Miquerinos), que quase levaram o país à falência. No Médio
Império, houve a invasão dos hicsos, que introduziram o uso do
cavalo e a utilização do ferro na cultura egípcia, e no Novo
Império houveram faraós conhecidos, como Hatshepsut (mulher faraó),
Aquenaton (religião monoteísta), Nefertite (mulher de Aquenaton) e
Tutancâmon (única tumba preservada). Seus deuses possuíam cabeças
de animais, como Hórus, Hátor, Anúbis, Bastet, etc. Cultivavam
trigo e criavam vacas e gatos.
3) Índia: às margens do Rio Indo
surgiu uma civilização que foi batizada de harapense, pois suas
duas maiores cidades foram Harapa e Mohenjo-Daro. Pouco se sabe dessa
civilização, apesar de que suas cidades eram muito bem
estruturadas, com água encanada, sistema de esgotos e coleta de
lixo, milhares de anos antes de Cristo. Usavam roupas de algodão e
objetos de cobre.
4) China: os chineses construíram pequenos
povoados às margens do Rio Amarelo: Banpo e Erlitou. Cerca de 600
pessoas moravam em casas de taipa e junco, e se alimentavam com
amoras, avelãs e pinhões, além de comerem carne de porco e cães.
Criavam bichos-da-seda para fazer suas roupas. A primeira Dinastia
chinesa foi a Chiá e a segunda foi a Dinastia San. Nessa época já
começaram a cultivar o arroz.
quinta-feira, 6 de março de 2014
O SEGUNDO REINADO (Texto 2 - 3º A, B, C e D)
Introdução
O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao Governo de D. Pedro II (1840/1889). O Governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.
Política no Segundo Reinado
Disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. O imperador escolhia o Presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.
O Segundo Reinado é a fase da História do Brasil que corresponde ao Governo de D. Pedro II (1840/1889). O Governo de D. Pedro II, que durou 49 anos, foi marcado por muitas mudanças sociais, política e econômicas no Brasil.
Política no Segundo Reinado
Disputa entre o Partido Liberal e o Conservador. Estes dois partidos defendiam quase os mesmos interesses, pois eram elitistas. O imperador escolhia o Presidente do Conselho de Ministros entre os integrantes do partido que possuía maioria na Assembleia Geral. Nas eleições eram comuns as fraudes, compras de votos e até atos violentos para garantir a eleição.
Guerra
do Paraguai
Conflito
armado em que o Paraguai enfrentou a Tríplice Aliança (Brasil,
Argentina e Uruguai) com apoio da Inglaterra. Durou entre os anos de
1864 e 1879 e levou o Paraguai a derrota e a ruína.
Ciclo
do Café
Na
segunda metade do século XIX, o café tornou-se o principal produto
de exportação brasileiro, sendo também muito consumido no mercado
interno. Os fazendeiros (barões do café), principalmente paulistas,
fizeram fortuna com o comércio do produto. As mansões da Avenida
Paulista refletiam bem este sucesso. Boa parte dos lucros do café
foi investida na indústria, principalmente nas cidades de São Paulo
e Rio de Janeiro, favorecendo o processo de industrialização do
Brasil.
Imigração
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiroz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, chegaram para aumentar a mão-de-obra nos cafezais de São Paulo, a partir de 1850. Vieram para, aos poucos, substituírem a mão-de-obra escrava que, devido as pressões da Inglaterra, começava a entrar em crise. Além de buscarem trabalho nos cafezais do interior paulista, também foram para as grandes cidades do Sudeste que começavam a abrir muitas indústrias.
Questão abolicionista
- Lei Eusébio de Queiroz (1850): extinguiu oficialmente o tráfico de escravos no Brasil
- Lei do Ventre Livre (1871): tornou livre os filhos de escravos nascidos após a promulgação da lei.
- Lei dos Sexagenários (1885): dava liberdade aos escravos ao completarem 65 anos de idade.
- Lei Áurea (1888): assinada pela Princesa Isabel, aboliu a escravidão no Brasil.
Crise
do Império
A
crise do 2º Reinado teve início já no começo da década de 1880.
Esta crise pode ser entendida através de algumas questões:
a)
Interferência
de D.Pedro
II em questões religiosas (descontentamento
da Igreja Católica);
b)
Críticas
do Exército Brasileiro, descontente com a corrupção existente na
Corte;
c)
A
classe média brasileira (funcionário públicos, profissionais
liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) desejava
mais liberdade e maior participação nos assuntos políticos do país
e
passou
a apoiar a implantação da República no país;
d)
Descontentamento
dos proprietários rurais, que queria maior poder político e estavam
descontentes com a libertação dos escravos.
Fim
da Monarquia e a Proclamação da República
Em
15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, com o apoio
dos republicanos, destituiu o Conselho de Ministros e seu Presidente
e
assinou o manifesto proclamando a República no Brasil e instalando
um Governo
Provisório.
O CAPITALISMO (Texto 2 - 2º A, B, C, D e E)
Origens
Encontramos
a origem do sistema capitalista na passagem da Idade Média para a
Idade Moderna. Com o Renascimento
Urbano
e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe
social: a burguesia. Esta nova classe social buscava o lucro através
de atividades comerciais.
Neste
contexto, surgem também os banqueiros e cambistas, cujos ganhos
estavam relacionados ao dinheiro em circulação, numa economia que
estava em pleno desenvolvimento. Historiadores e economistas
identificam nesta burguesia, e também nos cambistas e banqueiros,
ideais embrionários do sistema capitalista : lucro, acúmulo de
riquezas, controle dos sistemas de produção e expansão dos
negócios.
Primeira
Fase: Capitalismo Comercial ou Pré-Capitalismo
Este
período se estende
do século XVI ao XVIII. Inicia-se com as Grandes Navegações e
Expansões Marítimas Europeias,
fase em que a burguesia mercante começa a buscar riquezas em outras
terras fora da Europa. Os comerciantes e a nobreza estavam a procura
de ouro, prata, especiarias e matérias-primas não encontradas em
solo europeu. Estes comerciantes, financiados por reis e nobres, ao
chegarem à América, por exemplo, vão começar um ciclo de
exploração, cujo objetivo principal era o enriquecimento e o
acúmulo de capital. Neste contexto, podemos identificar as seguintes
características capitalistas : busca do lucro, uso de mão-de-obra
assalariada, moeda substituindo o sistema de trocas, relações
bancárias, fortalecimento do poder da burguesia e desigualdades
sociais.
Segunda
Fase: Capitalismo Industrial
No
século XVIII, a Europa passa por uma mudança significativa no que
se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial,
iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica
suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução
Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina
para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. O dono
da fábrica conseguiu, desta forma, aumentar sua margem de lucro,
pois a produção acontecia com mais rapidez. Se por um lado esta
mudança trouxe benefícios (queda no preço das mercadorias), por
outro a população perdeu muito. O desemprego, baixos salários,
péssimas condições de trabalho, poluição do ar e rios e
acidentes nas máquinas foram problemas enfrentados pelos
trabalhadores deste período.
O
lucro ficava com o empresário que pagava um salário baixo pela
mão-de-obra dos operários. As indústrias, utilizando máquinas a
vapor, espalharam-se rapidamente pelos quatro cantos da Europa. O
capitalismo ganhava um novo formato.
Muitos
países europeus, no século XIX, começaram a incluir a Ásia e a
África dentro deste sistema. Estes dois continentes foram explorados
pelos europeus, dentro de um contexto conhecido como Neocolonialismo.
As populações destes continentes, foram dominadas a força e
tiveram suas matérias-primas e riquezas exploradas pelos europeus.
Eram também forçados a trabalharem em jazidas de minérios e a
consumirem os produtos industrializados das fábricas europeias.
Terceira
Fase: Capitalismo Monopolista-Financeiro
Iniciada
no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes
corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras
de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno
funcionamento até os dias de hoje.
Grande
parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo
sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações
produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a
redução de custos. Estas empresas, dentro de uma economia de
mercado, vendem estes produtos para vários países, mantendo um
comércio ativo de grandes proporções. Os sistemas informatizados
possibilitam a circulação e transferência de valores em tempo
quase real. Apesar das indústrias e do comércio continuarem a
lucrar muito dentro deste sistema, podemos dizer que os sistemas
bancário e financeiro são aqueles que mais lucram e acumulam
capitais dentro deste contexto econômico atual.
ATIVIDADE
*
Explique, com suas palavras, as três fases do Capitalismo:
Choque de Civilizações: 20 anos 01/11/2013 – Marcos Troyjo (Texto 2 - 1º E e F)
Há
20 anos, a prestigiosa revista "Foreign Affairs" publicava
um dos mais importantes artigos de sua nonagenária história:
"Choque de Civilizações", de Samuel Huntington, cientista
político de Harvard, falecido em 2008.
Argumento
central: conflitos pós-queda do Muro de Berlim seriam engendrados
sobretudo por diferenças culturais. Percorremos em 500 anos a
trajetória de confrontação entre príncipes, Estados-Nação,
ideologias e, finalmente, civilizações.
A
teoria do "choque" explicaria a guerra na ex-Iugoslávia, o
11 de Setembro e atentados em Madri (2004) e Londres (2005). Serviu
de "fermento" à Guerra ao Terror e incursões dos EUA no
Iraque e Afeganistão.
Desferiu
duro golpe nos entusiastas da globalização. Demarcou limites ao
otimismo de que economia de mercado e democracia representariam
objetivos universais. Eclipsou, assim, a tese do "Fim da
História", apresentada por Francis Fukuyama em 1989.
Talvez
apenas "As Fontes da Conduta Soviética" supere o "Choque"
em impacto histórico de um artigo sobre política mundial. Publicado
em 1947 também na Foreign Affairs pelo ministro-conselheiro da
embaixada dos EUA em Moscou, George Kennan (à época sob o
pseudônimo "X"), o texto forneceu substrato intelectual
para a doutrina da contenção e o início da Guerra Fria.
Examinar
o mundo pela lente do choque civilizacional continua valendo? A
própria classificação de Huntington sobre quais seriam as
civilizações é bastante controversa (identifica a América Latina,
por exemplo, como algo em separado da civilização ocidental).
Ademais,
tanto o 11 de Setembro como a Grande Recessão de 2008 parecem ter
surtido efeito "regressivo" na escala de Huntington.
Testemunhamos
em anos recentes verdadeiro renascimento do Estado-Nação como ator
preponderante da cena mundial.
Por
pressão de seu público --nacional e interno--, alguns ocidentais
como Reino Unido, Espanha e Alemanha mostraram-se mais reticentes a
cerrar fileiras em torno da cruzada contra o terror.
Na
dimensão geoeconômica, acordos de comércio e investimento em
gestação, como a Parceria Transpacífico, congregam atores tão
civilizacionalmente distintos quanto Chile, EUA e Coreia do Sul.
E
um dos principais temas do noticiário atual, a espionagem de grandes
proporções efetivada pelos EUA, volta-se não apenas a "adversários
civilizacionais". Prolifera também sobre parceiros de
interesses comuns.
É
o caso do Brasil (que juntamente com os EUA formam as duas maiores
democracias do continente). Do México, parceiro dos EUA no Nafta
(Acordo de Livre Comércio da América do Norte). E de sócios dos
EUA em alianças de defesa, como França e Alemanha no âmbito da
Otan. Todos ampla e sofisticadamente bisbilhotados pelos EUA.
Por
mais que nesses 20 anos o paradigma civilizacional tenha oferecido
valiosos elementos à interpretação do pós-Guerra Fria, a
confluência entre os interesses nacionais de cada país ainda é o
principal gerador de cooperação e conflito no tabuleiro global.
/e-mail:
mt2792@columbia.edu
ATIVIDADE
*
Resuma o texto em apenas um parágrafo, que contenha as ideias
principais:
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