quarta-feira, 2 de abril de 2014
Texto 4 - O Renascimento Artístico (2º A, B, C, D e E)
Com
o Renascimento Comercial e Urbano, também aconteceu o
Renascimento Cultural e Científico. Ele marcou o final
da Idade Média e o início da Idade Moderna, sendo dividido em três
fases:
1)
Trecento (Século XIV): aconteceu nas cidades italianas,
principalmente em Florença, Pisa e Siena. O
comércio dinamizava a vida local, e a burguesia começava a pensar
de forma diferente, optando também por diferentes formas de arte. Os
nomes famosos nessa época foram Giovanni Boccaccio
(1313/1375, Decameron) e Dante Alighieri (1265/1321, A
Divina Comédia), e a Família Médici dominava a
cidade italiana. Uma das características desse período foi o
Racionalismo: manifestação do espírito humano que colocava
o indivíduo mais próximo de Deus.
2)
Quattrocento (Século XV): nesse período, o Renascimento começou
a se espalhar pela Europa. Foi uma época de busca de velhos
manuscritos, como De architectura, de Vitrúvio,
discursos de Cícero e outros, além daqueles trazidos pelos
muçulmanos para a Península Ibérica: Aristóteles,
Ptolomeu (clássicos), Avicena e Averróis
(muçulmanos), por exemplo. A invenção da imprensa, por
Johannes Gutenberg (1398/1468) também contribuiu para
a maior divulgação das ideias renascentistas. Quando os turcos
invadiram Constantinopla, muitos intelectuais migraram para as
cidades italianas, e obras e pensamentos gregos foram junto,
aumentando ainda mais a cultura da época, e favorecendo o
florescimento de novas formas de pensar. Ideias dessa época: o
Neoplatonismo (acreditava-se na perfeição humana e
que se poderia ser feliz nessa vida), o Humanismo (o
Homem era o centro do Universo, Antropocentrismo), o
Naturalismo (o Universo é regido por leis naturais) e
o Classicismo (valorização da cultura greco-romana).
Milão e Nápoles também se tornaram centros
culturais, e nomes como Leonardo Da Vinci (1452/1519), Rafael
Sanzio (1483/1520), Michelangelo (1475/1564) e
Sandro Botticelli (1445/1510) brilham até hoje. Também
merece destaque Nicolau Maquiavel (1469/1527, autor de O
Príncipe)
3)
Cinquecento (Século XVI):
nessa fase o Renascimento já
se espalhara pela Europa,
e Roma supera as
demais cidades italianas, em poder econômico e cultural. Ticiano
(1473/1576) é um artista desse período e o Maneirismo
(estilo
e um movimento artístico que se desenvolveu na Europa
aproximadamente
entre 1515
e
1600),
um intermediário entre o Renascimento
e o Barroco.
Renascimento
na Europa
Países
Baixos e Alemanha: Andreas Vesalius (1514/1564, médico
anatomista belga) e Gerardo Mercator (1512/1594, matemático,
geógrafo e cartógrafo flamengo), Jan
van Eyck
(1390/1441,
pintor flamengo),
Hieronymus
Bosch
(1450/1516,
pintor e gravador holandês),
Pieter
Brueghel
(1525/1569,
pintor belga)
e Mabuse
(1478/1532,
pintor
flamengo), Albrecht
Dürer (1471/1528,
pintor alemão) e Hans
Holbein (1497/1543,
pintor alemão)
e Erasmo de Roterdã
(1466/1536, teólogo holandês, escreveu
O Elogio da Loucura).
Portugal:
Luis de Camões (1524/1580, escreveu Os Lusíadas)
Espanha:
El Greco
(1541/1614, pintor, escultor e arquiteto
grego que fez fama na Espanha) e Miguel
de Cervantes (1547/1616,
escritor espanhol, autor de Dom
Quixote)
Inglaterra:
William Shakespeare (1564/1616, poeta e dramaturgo inglês,
escreveu Romeu e Julieta, Hamlet, Othelo,
Macbeth e outros)
França:
François Rabelais (1494/1553, escreveu Gargântua
e Pantagruel)
CINCO
RENASCENTISTAS
Durante
a Idade Média,
pregava-se que o ser humano não era “nada”, se comparado a Deus,
e para Ele é que deveriam ser todas as honras e todas as glórias.
Mas, à medida que novos textos eram lidos (muitos trazidos pelos
árabes e bizantinos) e ideias incorporadas ao pensamento de então,
mais isso foi mudando. Assim, muitos artistas, escritores, cientistas
e pensadores, que antes não podiam se expressar, começaram a ter
voz, no Renascimento. Aqui, selecionamos cinco deles, que tiveram
destaque maior, apesar de não serem os únicos:
1)
Dante Alighieri (1265/1321): o
autor da Divina Comédia
(1304/1321) mudou a
literatura italiana e mundial com sua obra, influenciando outros
escritores e artistas, pois fez “convergirem os aspectos sociais,
filosóficos, religiosos, políticos e artísticos da Idade Média e
do surgimento do Humanismo, um dos pilares da renascença”
(Superinteressante 216a,
agosto de 2005). Na sua busca pela amada Beatriz, Dante conta com a
ajuda de Virgílio, e a busca no Inferno,
no Purgatório
e no Paraíso.
Também
escreveu outras obras, como Vita
Nova (1292/1293, sonetos
sobre seu amor por Beatriz) e De
Monarchia (1265/1321,
onde expõe suas ideias políticas).
2)
Leonardo Da Vinci (1452/1519):
foi o “homem da renascença”, pois era pintor, escultor,
arquiteto, inventor e desenhista, entre outras atribuições. Foi
aluno de Andrea di
Verrocchio
(1435/1488), tendo superado o mestre, e conviveu com Lourenço
de Médici (1449/1492),
Ludovico Sforza
(1452/1508), César Bórgia
(1475/1507), o Papa Alexandre VI
(1431/1503) e o rei Francisco I
(1494/1547), da França, entre outros. Entre suas maiores obras estão
A Anunciação
(1472/1475), A Virgem dos
Rochedos (1483/1486 e
1495/1508), O Homem
Vitruviano (1490), A
Última Ceia
(1495/1497), A Virgem,
O Menino, Sant'Ana e São João Batista
(1499/1500), a Mona
Lisa/La Gioconda (1503 a
1506) e Leda e O Cisne
(1510/1515), entre outros.
Também inventou diversos aparelhos mecânicos, que originariam o
tanque de guerra e o
helicóptero, por
exemplo.
3)
Nicolau Maquiavel (1469/1527):
viveu em Florença,
mas foi um grande diplomata, realizando a paz entre cidades
italianas, o reino da França
e outros, em seu tempo. Essa experiência lhe deu autoridade para
escrever vários textos e livros sobre política, sendo que o mais
importante e conhecido é O
Príncipe (escrito em
1513 e publicado em 1532), onde enaltece Lourenço II de
Médici (1492/1519) como
exemplo de liderança. O capítulo mais conhecido é o 17, onde
reflete sobre o que é mais importante: ser amado ou temido, que deu
origem à expressão “os fins justificam os meios”.
4)
Michelângelo Buonarroti (1475/1564):
bem diferente de Leonardo Da Vinci
(um era calmo e o outro tinha espírito rebelde), Michelângelo
foi aluno dos irmãos Davi
e Domenico Ghirlandaio,
mas logo os superou. Foi um grande pintor, mas preferia as
esculturas. Mesmo assim, destacou-se nos dois campos: na pintura, sua
obra máxima foi o teto da Capela Sistina,
onde pintou cenas bíblicas, de 1508 a 1511. E suas esculturas mais
famosas foram a Pietá
(1499), Davi (1504) e
Moisés (1513 a
1515).
5)
William Shakespeare (1564/1616): nascido
em Stratford-upon-Avon e casado com Anne Hatthaway
(1556/1623), com quem teve três filhos, Shakespeare
é considerado o maior dramaturgo inglês, e um dos maiores do mundo.
Em suas obras explorou a alma humana, de forma como nunca ninguém
tinha feito. Essas peças eram apresentadas no Globe Theatre,
célebre teatro elisabetano, do qual era sócio. Ele viveu num
período de grande efervescência cultural (o governo de Elisabeth
I – 1533/1603) e escreveu obras imortais, como Sonho de Uma
Noite de Verão (1590), A Megera Domada (1590 a 1592),
Romeu e Julieta (1591 a 1595), Hamlet (1599 a 1601),
Macbeth (1603 a 1607), Rei Lear (1605) e Otelo, O
Mouro de Veneza (1603), entre outras.
Texto 4 - Fenícios, Persas e Hebreus - Paula de Almeida Franco (1º E e F)
Fenícios
Os
fenícios se instalaram na região do Mediterrâneo por
volta de 3000 a.C., onde hoje é o Líbano e
parte da Síria.
Eram organizados em cidades-estados independentes,
ou seja, cada cidade-estado tomava as suas próprias decisões.
Assim, era comum a rivalidade entre elas. Suas
principais cidades eram Biblos, Sidon
e Tiro.
Durante
o apogeu da cidade de Tiro, os fenícios atingiram o norte da África,
fundando Cartago,
que
seria grande rival de Roma.
Para
que o intenso comércio ganhasse agilidade e eficiência era
necessário uma forma escrita menos complexa que os hieróglifos.
Assim, os fenícios inventaram o alfabeto,
com 22 letras que mais tarde foi incorporado pelos gregos e romanos.
Os romanos por sua vez criaram o latim
e este deu origem a diversas outras línguas, como a nossa língua
portuguesa.
O
declínio de Tiro e dos fenícios de forma geral deu-se pela
concorrência com os gregos e cartagineses (é sempre bom lembrar que
apesar de estudarmos separadamente as civilizações, muitas delas
conviveram e interagiram umas com as outras).
Hebreus
Os
hebreus tiveram a sua origem na Mesopotâmia
(Abraão)
e
migraram para a região da Palestina
(Canaã),
onde se localiza a parte atual do Estado
de Israel.
Uma das principais fontes para se conhecer a história desse povo é
o Antigo
Testamento (primeira
parte da Bíblia).
Durante
sua História, foram governados pelos patriarcas (Abraão, Isaac,
José e Moisés), juízes (Sansão) e reis (Davi e Salomão).
Mais
tarde os hebreus passaram a ser chamados de judeus, e o Judaísmo é
a religião monoteísta que criaram, adotando a Lei
Mosaica
(Dez
Mandamentos)
e o Torá
como livro sagrado.
Durante
sua História, foram escravizados pelos egípcios, babilônios,
persas e romanos, sendo que em se dispersaram pelo Império
Romano
e pelo mundo, reunindo-se novamente em 1948, no Estado de Israel.
Persas
O Império
Persa dominou
a Mesopotâmia no
século VI a.C. sob o comando de Ciro, que em apenas vinte anos
estendeu o seu domínio pela Ásia
Menor
e Babilônia.
Depois
dele, os persas dominaram o Egito e chegaram à Grécia. Mais tarde,
foram dominados pelos macedônicos, liderados por Alexandre, O
Grande.
Eram
notáveis administradores e sua religião era o Zoroastrismo,
que possui seguidores até hoje.
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